quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Encontro e reflexão

Quase 15 horas. Em pouco tempo, eu e Manoel Dias, vamos encontrar o deputado e presidenci've Ciro Gomes. Falaremos, entre outras coisas, de política, valores e propostas que acreditamos- eu Maneca - engrandecerão o Brasil. Recebi por e-mail um texto do lendário comediante americano George Carlin, morto em junho o ano passado. O texto, ao contrário do esperado de um comediante, não faz rir, mas refletir. Passo a vocês:
- "Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TVdemais e raramente estamos com Deus. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e daspílulas 'mágicas'.Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,pois não lhe custa um centavo sequer.Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o)e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...se ame muito.Um beijo e um abraço curam a dor,quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão aoseu lado, sempre. "
É ... Há que se refletir.

2 comentários:

  1. “Homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias, multiplicação de bens, redução de valores”. Diferente do que pensa o comediante, isso não é o fim, são apenas os meios perfeitos para o desenvolvimento dessa grande e selvagem doença chamada, capitalismo.
    Hirsch, na tese “erosão do patrimônio moral”, é muito feliz quando descreve que a primazia do interesse individual sobre o coletivo, dificulta a preservação da cooperação e dos bens coletivos. Este sistema fundado no interesse individual, na concorrência, não abre espaços para a solidariedade.
    Na sociedade capitalista tudo se transforma em mercadoria, e os laços sociais são dissolvidos pelo dinheiro. Num sistema pautado na concorrência, os indivíduos que não estiverem aptos a disputá-los, acabam por excluídos, e a grande realidade é que ninguém quer ficar de fora. O capital, ou a busca desenfreada por ele, faz com que não se tenha tempo para as relações sociais, e esqueçam-se os valores morais. Não me refiro exatamente a popular “moral”, mas sim uma moral independente, pautada nos princípios da consciência humana, basicamente a moral Kantiana.
    “lemos muito pouco, assistimos TVdemais”, pelo contrário, o capitalismo quer que você leia, livros técnicos, é claro! E a TV, ela é demais, dimais, dmais, d+. Entende?
    Por fim, o capitalismo como uma força extraordinariamente poderosa, dissolve todas as formações e ideologias sociais, deforma tudo que o confronta, destrói para vender a ajuda. E é por isso que me orgulho de fazer parte de uma agremiação que prega o socialismo como meio, como o meio para uma sociedade fraterna, solidária, onde o ser humano seja humano, não máquina, nem produto.
    Beijos, Rodrigo! Parabéns pelo blog. Sempre que puder, estarei contribuindo aqui com prazer.
    Obrigada por tudo!

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  2. Como o texto escrito por Rodrigo Bornholdt trata de reflexão, faço minha contribuição com parte de um artigo que escrevi em agosto/2009, na Pós-Graduação em Assessoria Parlamentar. É um artigo baseado em idéias defendidas por Jean-Jacques Rousseau.

    'Política, ética e moral são indissociáveis. O sentido deste termo deve ser reforçado, não apenas enquanto reprodução dos valores morais.
    A ética deve ser entendida como um princípio que vai além dos interesses individuais ou de pequenos grupos. Ela traz consigo algo maior que o individual e deve ser entendida como sendo universal, deve levar em conta os interesses dos outros, tanto quanto os nossos e ser universalmente aplicável.
    Uma política ética deve preocupar-se com todos aqueles que são afetados por ela e maximizar os interesses dessas pessoas, sendo um meio para a escolha de ações que tenham as melhores conseqüências sobre elas.
    A ética também preconiza uma postura condizente de meios com aquilo que pretendemos atingir nos fins.
    Isso, ao contrário de nos desmotivar ou de fazer com que procuremos “votar melhor”, deve nos empurrar para a ação direta, para a propaganda dos nossos ideais e para o trabalho com as comunidades e os movimentos que estão ao nosso redor. É nosso dever oferecer uma resposta aos políticos que comandam o país e o mundo para que possamos voltar a levantar bandeiras ideológicas e acreditar novamente que existe ética na política.'

    Parabéns ao Rodrigo pelo blog!

    Ivone Kammer de Paula (e-mail: ivonekammer@gmail.com)

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